No último final de semana, tive a oportunidade de assistir ao recém-lançado filme “A Verdadeira Dor”, dirigido e estrelado por Jesse Eisenberg.

A obra explora as complexidades das relações familiares e a experiência do luto. A trama segue os primos David e Benji em uma viagem à Polônia para honrar a memória de sua avó, revelando não apenas as tensões entre eles, mas também um profundo estudo sobre a desconexão emocional que muitos enfrentam hoje. Aqui estão algumas reflexões pessoais que tirei do filme:
Conexões Perdidas: A falta de autoconhecimento e comunicação cria barreiras entre pessoas que deveriam ser próximas.
David, metódico e reservado, contrasta com Benji, que lida com suas emoções de forma caótica e vulnerável.
Essa dualidade ilustra como diferentes formas de enfrentar a vida podem levar a um afastamento ainda maior de si mesmo e do outro.
Memória e Identidade: A jornada dos primos não é apenas física, mas também emocional.
Ao revisitar suas raízes, eles confrontam não apenas o passado familiar, mas também suas próprias identidades e as dores que carregam.
Honrar o passado mas sem deixar com que ele te defina é fundamental para qualquer jornada humana.
Humor e Melancolia: Eisenberg utiliza o humor para suavizar momentos de tensão, mostrando que, mesmo em situações difíceis, a leveza pode ser uma aliada poderosa para lidar com momentos desafiadores.
Para mim, o grande ensinamento do filme está na sutileza com que demonstra que a verdadeira dor reside na desconexão — primeiro consigo mesmo, ao não reconhecer ou aceitar nossas emoções, e depois com os outros, ao falhar em se comunicar e se conectar genuinamente, não aceitando a ajuda quando oferecida.
Essa desconexão pode ter um impacto profundo na saúde mental, refletindo a necessidade, especialmente nos dias atuais de “copia e cola”, em cultivar relacionamentos significativos e honestos e ocupar o seu próprio lugar.
Afinal de contas, como dizia Oscar Wilde, “seja você mesmo, todos os outros já existem”.
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